Esta é, possivelmente, a obra menos conhecida de Kardec: um manual dedicado aos médiuns. Lançada em 1858 (“O Livro dos Espíritos” data de 1857), es-ta é, em ordem cronológica, a segunda obra espírita publicada pelo Codificador; um livro esquecido, depois da publicação de “O Livro dos Médiuns”, que o substituíra, segundo as palavras de Kardec. Todavia, Jean Meyer, sucessor de Allan Kardec na direção da Revista Espírita, redescobriu e publicou estas Instruções em 1923. E no mesmo ano Cairbar Schutel traduziu-as para o leitor brasileiro. Ambos, Meyer e Cairbar, perceberam não só o grande valor histórico deste pequeno livro, mas também a importância do seu compacto e precioso vocabulário espírita – cerca de 160 verbetes –, que foi, nos parece, a primeira tentativa nesse sentido, realiza-da pelo próprio Codificador. Instruções Práticas revela-se, portanto, um dos importantes documentos históricos que marcaram o início do Movimento Espírita, além de ser de grande utilidade o seu vocabulário espírita como fonte de consulta.
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